segunda-feira, 1 de julho de 2024

Porque escolhi Burnout?

 Olá, queridos leitores

Hoje estou vindo contar porque eu escolhi a Síndrome de Burnout para me especializar e atender com o meu trabalho de terapeuta. Primeiro porque a demanda é muito grande e 90% das pessoas que procuram terapia comigo estão com essa Síndrome ou estão com os sintomas sinalizando. Percebi que tenho uma eficiência gigante para ajudar porque conheço as dores, uma vez que passei várias vezes por isso  e aprendi como posso proporcionar alívio; mais importante que isso, é que ajudo as pessoas a estabelecerem mudanças significativas nas suas vidas para que o problema não se torne recorrente. 

Na verdade, o que eu quero te contar é que eu descobri através das minhas pesquisas e atendimentos, como a terapia comportamental, yogaterapia e o Mindfulness podem ajudar pessoas com síndrome de Burnout que também é conhecida como síndrome do esgotamento profissional.  Sendo assim, a maioria dos clientes que me procuram são geralmente pessoas com carreiras bem sucedidas mas com muitas responsabilidades. Elas percebem que não estão dando conta nem do trabalho, nem do tempo, nem da família e muito menos de si mesmas e dos seus próprios sonhos.  

     O excesso das responsabilidades e confusões mentais criadas pelo trabalho começam a proporcionar no corpo físico o que chamamos de psicossomatização. As dores mais comuns são nos ombros, pescoço, lombar e dores de cabeça. A tendinite de braços, mãos e ombros geralmente é um sinal fortíssimo de que a pessoa está se agarrando com todas as forças para não abandonar o trabalho e está cometendo exageros. O perfeccionismo e a busca pelo reconhecimento normalmente são as causas do esgotamento físico e mental. Eu compreendo bem essas dores porque eu já passei por elas e isso me fez compreender todo o processo desde  o início, meio e fim dessa síndrome. 

O mais assustador aqui no Brasil 30% dos trabalhadores sofrem com síndrome do Burnout segundo o isma-br, ou seja cerca de 33 milhões de pessoas. Eu particularmente já considero isso uma epidemia e acho até natural que a maioria das pessoas que apareçam para fazer terapia venha com as mesmas queixas do Burnout. A procura pelas minhas terapias vem por indicação dos meus próprios clientes.  Meu método não é dar conselhos, mas propor reflexões e exercícios que tragam resultados a curto, médio e longo prazo. A minha pesquisa na graduação de Psicopedagogia teve o foco de entender como profissionais de várias áreas, principalmente professores, poderiam ter mais qualidade de vida e de trabalho se souberem utilizar a atenção plena (mindfulness) no seu cotidiano.   Por conta disso a demanda de Burnout nas minhas sessões acaba sendo maior porque eu posso ajudar a regular as emoções, eliminar as dores físicas que vem das pressões do trabalho e mais do que isso, ensinar o meu cliente a lidar com as pressões. Segundo os meus clientes, eles me indicam porque eu consegui fazer com que eles olhassem a vida de forma diferente e terem escolhas mais assertivas, coisas que já estavam dentro deles e que só precisavam de coragem para tocar em frente. 

Normalmente as pessoas procuram a terapia ou até mesmo a psiquiatria quando já estão no limite. Sintomas como desmaios, viroses repetitivas, dores pelo corpo, confusão mental (memória e dificuldade de atenção), crise de ansiedade, tremores, taquicardia, insônia e até mesmo desleixo consigo mesmas podem estar sinalizando esta síndrome. Eu tenho uma cliente de terapia que me contou que fazia muitos anos que ela não saía para comprar roupas, que acabava usando sempre as mesmas e que não estava mais se importando mais com sua aparência, nem  no trabalho e nem consigo mesma. Na verdade, esses sintomas já são as consequências e não a causa! Sintomas como exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional são as verdadeiras causas que levam ao esgotamento físico, emocional e mental. Uma das coisas que eu peço para os meus clientes observar é quanto o domingo é difícil e se sofrem por antecipação  sabendo que na segunda-feira terá que trabalhar. Geralmente as pessoas com Síndrome de Burnout relatam que estão com cansaço excessivo que não tem mais nem energia devido aos problemas profissionais. Outro sintoma comum é a ausência de sentimentos em relação aos colegas de trabalho ou com seus clientes. Obviamente a insatisfação profissional, ou seja, quando as pessoas não são valorizadas e não são reconhecidas pelos seus líderes pelo seu esforço e pelo seu trabalho, a chance de desencadear a síndrome de Burnout é muito grande e não acontece da noite para o dia.

      Infelizmente as pessoas só tomam uma atitude para fazer terapia e ir atrás das suas mudanças quando realmente a sua saúde mental está totalmente afetada e o pior, normalmente as pessoas vão ao psiquiatra e começam a tomar a medicação para continuar e suportar os problemas do trabalho. Nem sempre são afastadas das funções porque não tem opção, principalmente quando elas ganham somente se trabalham.  O meio ambiente é o primeiro lugar onde a pessoa precisa mudar para poder se recuperar, ou se afastando ou mudando as atitudes. 

Outro fator muito importante que precisa ser comentado é que, como a pessoa está esgotada profissionalmente, normalmente a sua rotina organizacional também se perde aumentando ainda mais a sua confusão mental. As pessoas acham que a síndrome do Burnout só dá em pessoas que não gostam do que fazem, não gostam do próprio trabalho ou que ganham muito mal. Isso não é verdade porque muitos profissionais, mesmo gostando das suas áreas, podem sofrer do Burnout por conta de alguns excessos como por exemplo, a carga horária excessiva, os excessos de demandas, cobranças exageradas por resultados, demasiadas preocupações, falta de reconhecimento e cultura organizacional desequilibrada. Ainda são poucas as empresas que têm esse cuidado com o seu colaborador ou com o seu trabalhador, ajudando no tratamento, no diagnóstico ou criando atividades laborais que possam ajudar na qualidade de vida da sua equipe. Normalmente a pessoa que está com a síndrome de Burnout é atendida por um psiquiatra, onde recebe um diagnóstico e começa a tomar medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos. Porém é indicado além de rever o ambiente de trabalho, procurar por outras atividades que tragam alegria, mas principalmente fazer sessões de psicoterapia para apoiar nas mudanças e nas decisões. 

Eu atendo meus clientes com a junção de mindfulness, terapia comportamental e yogaterapia (área da terapia que eu uso há mais de 20 anos). Essa junção ajuda as pessoas a observarem melhor as suas escolhas, a desenvolver melhor a sua inteligência emocional, a se tranquilizarem, a dormir melhor, a aprender a relaxar e poder regular as suas próprias emoções. A maioria dos meus clientes não precisou fazer uso prolongado das medicações psiquiátricas e com a própria terapia aprenderam a identificar os gatilhos que poderiam trazer recaídas da síndrome de Burnout no seu dia a dia através do seu trabalho. 

Se você estiver identificando em si, esses sintomas acima, marque uma conversa comigo para tirarmos essa dúvida. 


Abraço apertado. 


Pérola de Souza


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